segunda-feira, 9 de abril de 2012

O regresso em honra dos guerreiros (at last!)

No último mês disse a mim mesma várias vezes, no rescaldo das nossas últimas "batalhas", que voltaria a escrever aqui, quase um ano depois. Disse isso contra o Porto. Contra o Paços. Contra o Porto outra vez. Contra o Chelsea. Contra o Braga.
Pois bem. Hoje chegou o dia. Por mais cansada que esteja, por mais triste e injustiçada que me sinta, sinto também que devo este regresso aos 14 HERÓIS que hoje dominaram por completo e fizeram tremer Stanford Bridge.
Confesso que as minhas expectativas para hoje eram de incerteza. "Ou corre muito bem ou corre muito mal!", lá dizia eu aos que me perguntavam por prognósticos. O irónico foi que este jogo acabou por, na verdade, ter um pouco de ambos.
Correu mal por motivos óbvios. Perdemos. Fomos afastados (à força?!) da competição milionária por um Chelsea medíocre, sempre na expectativa, esperando que tomássemos a iniciativa do jogo. Completamente à imagem das origens italianas do seu treinador.Estratégia essa que por um conjunto de factores acabou por surtir efeito.
Mas este jogo também correu bem. Porquê? Mostrámos que o 0-1 na Luz não significava nada e que estávamos ali para ganhar. Mostrámos garra e espírito de sacrifício quando tivémos de jogar uma hora com menos um elemento, e ainda assim com 10 fomos superiores aos ingleses. Que desfecho se temos jogado de igual para igual...
Em cada jogador, vi um guerreiro. Artur negou (quase) tudo aos "blues", sem ter qualquer culpa nos dois golos. Capdevilla foi a voz da experiência e Ramires sentiu bem mais dificuldades em passar pelo flanco esquerdo (poucas ou nenhuma vez ou conseguiu) do que há uma semana atrás na Luz. Javi Garcia foi igual a si próprio, implacável, lutador, um verdadeiro guerreiro. Emerson foi de tal maneira irrepreensível que será de repensar se o seu lugar não é na verdade no eixo da defesa. Maxi foi (inexplicavelmente) desprovido de poder dar o fôlego e a segurança habitual durante praticamente uma hora de jogo. Matic, a segurança em pessoa, foi um dos pilares essenciais (na verdade, não o foram todos?). Witsel "tratou" a bola por tu, como já é hábito, e mais tarde arregaçou as mangas e deu tudo para tentar ser uma "espécie" de Maxi. Bruno César
trocou as voltas à defesa inglesa. Gaitán mostrou ao Mundo o porquê da cobiça pelo seu passe. Aimar foi Aimar e isso diz tudo. Cardozo fez jus ao seu "hit" e foi perigoso. Nélson foi uma lufada de ar fresco quando o oxigénio parecia não dar para tanto (falta-lhe, porém, crescer...). Yannick deu um ar de sua graça, e esteve perto de conquistar o céu. Rodrigo mostrou-se, aos poucos, mais perto daquela forma que faz qualquer adepto de bom futebol aplaudir de pé. 14 guerreiros brilharam em Stanford Bridge nesse dia.
E Jesus (tiro-lhe o chapéu), tantas vezes julgado por "inventor", pegou num plantel desfalcadíssimo...e apresentou uma equipa com um futebol capaz de "vulgarizar" os milionários ingleses e chamar a atenção da imprensa europeia.
Ainda uma palavra de apreço aos 3.500 fiéis que se fizeram ouvir (e bem alto!) em Londres, e às centenas que acolheram os nossos guerreiros aquando do regresso a casa. Somos grandes!

OBRIGADA HERÓIS!

E, se faz favor, segunda-feira quero ver mais disto.

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